1. Bartitsu
Origem: Inglaterra
Depois de viver três anos no império japonês, o inglês Edward William
Barton-Wright anunciou, em 1898, a criação de uma “nova arte da defesa
pessoal”, que combinaria os melhores elementos de diferentes estilos de
luta. O nome da inovadora arte era Bartitsu, mas ela ganhou o mundo como
“baritsu”. Foi assim que Sir Arthur Conan Doyle se referiu ao estilo de
luta nos clássicos livros de Sherlock Holmes. E não foi qualquer
menção: em A casa vazia, conto de 1903, o detetive relata
que foi graças à luta que conseguiu escapar de seu arqui-inimigo
Professor Moriarty. Apesar da notoriedade, a arte sofreu declínio e
deixou de ser praticada nos anos 1920. Em 2002, foi fundada a Bartitsu Society que busca o resgate e fomento luta criada por Edward Barton-Wright.
2. Angampora
Origem: Sri Lanka
Técnicas de combate, defesa pessoal e meditação se misturam nesta
milenar arte marcial praticada no Sri Lanka. Segundo o folclore local, a
Angampora existe há mais de 30 mil anos e incorpora tanto embates
corpo-a-corpo, como combates armados. O objetivo final da luta é aplicar
um bloqueio de submissão no oponente, de forma que seja impossível
escapar. Mas o que realmente diferencia esta arte das demais presentes
nesta lista é a utilização de ataques pontuais de pressão: os mais
habilidosos conseguem infligir dor ou paralisar permanentemente o
adversário com golpes certeiros. Beatrix Kiddo certamente aprovaria.
3. Dambe
Origem: África do Sul, Nigéria
Dentro da arena, os oponentes andam em círculos, encarando e
analisando o adversário. Ao redor, o público vibra ao som dos tambores,
que ditam o ritmo dos movimentos. É assim que tem início uma luta de
dambe, forma tradicional de boxe praticada em países do continente
africano. Nessa luta de três rounds não há luvas encobrindo as mãos –
apenas um dos braços, chamado de “lança”, é envolvido por pedaços de
corda. A mão livre é chamada de “escudo”, e (como o nome diz) deve ser
usada para bloquear as investidas do adversário, que tem o objetivo de
derrubar o oponente. Hoje os torneios estão ligados aos festivais de
colheita, que recebem os combates como uma de suas atrações. Mas antes, a
luta já serviu até como preparação para a guerra. Então, o risco era
bem maior: além do braço, era costume também que uma das pernas fosse
envolvida por uma pesada corrente, que ajudava a deferir golpes ainda
mais potentes. Você encararia?
4. Huka-Huka
Origem: Brasil
Luta tradicional dos povos indígenas do Xingu e dos índios Bakairi,
do Mato Grosso, a huka-huka coloca em teste a força e vitalidade dos
jovens. Praticada durante o Quarup, um ritual de homenagem aos mortos
ilustres, a luta tem início com os lutadores ajoelhados, que giram em
círculo anti-horário em frente ao oponente até avançarem para a luta
corporal. O objetivo é levantar o adversário e derrubá-lo no chão, mas o
vencedor não leva para casa uma medalha: o prêmio, cobiçado por todos, é o reconhecimento e o respeito.
5. El Juego del Garrote
Origem: Venezuela
El juego del garrote (ou “jogo de bastões”, em português) é um
tradicional sistema de defesa pessoal venezuelano. Não se sabe ao certo
quando a prática teve início, mas, em 1810, a Gazeta de Caracas já fazia
referência à luta que teria surgido entre os escravos e camponeses que
passaram a usar seus instrumentos de trabalho (bastões, facões e facas)
para se defender. Semelhante à esgrima espanhola, a luta se baseia em
uma série de movimentos para evitar ser atingido pelo bastão do
adversário – e, é claro, conseguir investir golpes contra o oponente.
6. Evala
Origem: Togo
Praticada principalmente pelo povo Kabyé, que vive no Togo, no oeste
do continente africano, a Evala não é apenas uma luta – é também parte
de um rito de passagem, que marca a entrada de jovens na vida adulta.
Muito antes de enfrentarem um oponente, os jovens participam de um
treinamento intensivo, que inclui a tarefa (eliminatória) de escalar
três montanhas: quem não é bem sucedido não pode ser iniciado na
maioridade. #fuén. Já no “ringue”, ninguém é eliminado, mas a derrota
não é levada na esportiva – perder é considerado uma grande vergonha
para toda a família no “novo adulto”.
7. Luta de azeite
Origem: Turquia
O esporte nacional da Turquia pode parecer um tanto esquisito para os
desavisados. Na yağlı güreş, ou “luta de azeite”, os dois oponentes se
besuntam com óleo antes de se enfrentarem. Ganha o combate o lutador que
primeiro erguer o outro acima do próprio corpo. Mas, como está tudo bem
~escorregadio~ por lá, a luta tem uma regra peculiar: os oponentes
podem colocar a mão dentro do calção de couro usado pelo adversário
(conhecido como kisbet) para conseguir aplicar golpes e erguê-lo aos céus. O-kay.
Fonte: super.abril.com.br
Fonte: super.abril.com.br
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