Introdução
Em
setembro de 1993, a Revista UFO, em sua edição n° 25, publicou uma
matéria sobre um homem que havia sido encontrado com estranhas marcas de
mutilação em seu corpo, semelhante àquelas encontrada em casos de
mutilações de animais em todo o mundo, freqüentemente atribuídas à
fenomenologia de natureza ufológica, ou seja, aos tripulantes de OVNI`s.
A matéria, de autoria de Encarnación Zapata Garcia, uma espanhola,
radicalizada brasileira, percorreu o mundo, sendo aceita por uma parte
da comunidade ufológica internacional e rejeitada por outra. O caso,
polêmico nas comunidades investigativas ufológicas, veio a ser
denominado "Caso Guarapiranga". A Revista UFO ainda publicou duas outras
matérias a respeito do caso, nas edições n° 32 e n° 37, de setembro de
1994 e abril de 1995. Nelas, Encarnación defende-se dos ataques céticos
de ufólogos nacionais e internacionais. Alguns anos mais tarde, a
Revista Arquivo EXTRA n° 1, de agosto de 1997, editada pelo ufólogos
irmãos Mondini e Encarnación Zapata Garcia publicou uma matéria sobre o
mesmo caso, praticamente repetindo a história, sem maiores detalhes.
Recentemente o caso voltou a ser debatido nos meios nacionais, sendo que
desta vez a mesma Revista UFO apresenta a investigação de Claudeir e
Paola Covo (conhecidos opositores do caso) os quais afirmam ser o caso
uma fraude. Seus estudos baseiam-se em fatos irrefutáveis, segundo crêem
Claudeir e Paola, o que praticamente comprova a opinião deles. De
qualquer forma, alguns pontos ainda ficaram sem explicação, algumas
perguntas ficaram sem respostas e algumas alegações de ambos os lados
permanecem questionáveis. Este texto corre o risco de ferir o ego de
alguns, mas vamos, de qualquer maneira, apresentar aqui os fatos para
que você conheça todos os detalhes e intrigas relativas a este caso.
Este artigo também poderá ser alterado com novas adições, - conforme a
ocorrência casual de novas evidências que precisem ser mencionadas. Caso
ocorra alguma alteração esta será devidamente registrada no fim do
texto, com o decorrer do tempo. Decidimos expor, inicialmente, os pontos
favoráveis ao caso, demonstrando que realmente existem fatos não
explicados associados a ele, e a sua semelhança com as mutilações de
animais. Em seguida iremos apresentar as alegações contrárias à
legitimidade do caso, as quais foram demonstradas através da pesquisa de
Claudeir e Paola Covo. Em seguida, faremos alguns comentários finais.
O SURGIMENTO DO CASO - VERSÃO DE ENCARNACIÓN ZAPATA GARCIA
Encarnación
Zapata Garcia tomou conhecimento do caso através do conceituado médico
paulista, o dermatologista Rubens Góes, que obteve informações dele
através de seu primo (Rubens Silvestre Marques ) perito criminal do
Governo de São Paulo, na época. Rubens Góes mostrou a Encarnación
Zapata, as fotografias do corpo de um homem estranhamente mutilado, em
cujo cadáver mutilado, ele percebera a semelhança com as marcas
encontradas em animais comprovadamente mutilados por tripulantes de
OVNI`s e registrados em todo o mundo pela casuística ufológica. Eram
sete fotografias, coloridas do corpo do mutilado. Encarnación, então,
ligou para o Dr. José Roberto Cuenca, promotor de Justiça do Estado de
São Paulo, o qual era responsável pelo caso. Foi então marcada um dia
para uma entrevista. Através do Dr. José R. Cuenca, Encarnación quase
conseguiu a fortuita exumação do cadáver. Infelizmente, ele já havia
sido exumado e transferido para outro cemitério pela família do morto.
Dois meses depois, entretanto, o Dr. Cuenca conseguiu localizar o
processo do caso, e colocou-o à disposição de Encarnación. Segundo a
pesquisadora, o documento revelava que o cadáver fora encontrado em 29
de setembro de 1988, vestindo apenas uma cueca. Ele teria 40 anos e
apresentava várias marcas pelo corpo devido à ação de urubus. Foi,
então, instaurado inquérito policial para investigar-se o caso. O
Boletim de Ocorrência (B.O.) afirmava que não haviam sinais de violência
ou luta corporal. Ainda, segundo Encarnación, o Corpo de Bombeiros
improvisou uma maca para a retirada do corpo do local. Esta maca aparece
no fundo das referidas fotografias. O Laudo do Corpo de Delito, também
adquirido por Encarnación, trazia informações importantes a favor da
legitimidade ufológica do caso. A partir desse ponto iremos apresentar
algumas fotografias para que todos possam ter uma idéia das
características de uma mutilação animal clássica, com alguns comentários
sobre elas. Em seguida apresentaremos as fotografias do caso em questão
para que se possa analisar e comparar com as mutilações clássicas.
Abaixo de cada fotografia do cadáver transcreveremos os respectivos
trechos do laudo de necropsia realizado no cadáver. Nota-se neste caso
de mutilação que foi removido um retalho da mucosa labial e língua, além
do globo ocular. Este tipo de incisão é padrão em casos de mutilações
em animais no mundo todo. Este caso, em particular, ocorreu no estado
americano do Oregon. Na foto acima nota-se, uma incisão na axila do
animal. Como este caso, ocorrido no Oregon (EUA), a maioria dos casos de
mutilação de animais envolvem a extração destas partes (olhos, mucosas
labiais, e orelhas). Nota-se no caso de mutilação acima, a extração de
mucosa labial e globo ocular. Como padrão característico das mutilações
de gado associadas à OVNIs observa-se o osso completamente limpo de
tecidos musculares e sangue o que o diferencia de um ataque de animais
predadores, por exemplo: Na foto acima, nota-se a extração da mucosa
anal de um bovino. Neste caso, a vaca foi mutilada no estado do Oregon
(EUA). Este tipo de incisão para extração do reto está presente em quase
todos os casos de mutilação por Ufonautas registrados em todo o mundo.

Nota-se
neste caso de mutilação que foi removido um
retalho da mucosa labial e língua, além do
globo ocular. Este tipo de incisão é padrão
em casos de mutilações em animais no mundo
todo. Este caso, em particular, ocorreu no
estado americano do Oregon.
Na foto acima nota-se, uma incisão na axila
do animal. Como este caso, ocorrido no
Oregon (EUA), a maioria dos casos de
mutilação de animais envolvem a extração
destas partes (olhos, mucosas labiais, e
orelhas).
Nota-se no caso de mutilação acima, a
extração de mucosa labial e globo ocular.
Como padrão característico das mutilações de
gado associadas à OVNIs observa-se o osso
completamente limpo de tecidos musculares e
sangue o que o diferencia de um ataque de
animais predadores, por exemplo
Na foto acima, nota-se a extração da mucosa
anal de um bovino. Neste caso, a vaca foi
mutilada no estado do Oregon (EUA). Este
tipo de incisão para extração do reto está
presente em quase todos os casos de
mutilação por Ufonautas registrados em todo
o mundo.
As
fotografias anteriores nos dão uma idéia de como são as marcas deixadas
nos animais. Agora comparemos com o corpo encontrado no Caso
Guarapiranga.
Nesta foto,
observa-se que a mucosa labial foi retirada
como em muitos casos de mutilação realizadas
ET`s. O corte não foi tão irregular sendo
que alguns trechos se encontram enegrecidos
por algum motivo. Vale ressaltar que em
casos de mutilação animal já foi encontrado
este mesmo tipo de carbonização. As
cavidades oculares estavam vazias, sendo
mais uma coincidência com as mutilações de
animais clássicas. Nota-se que a orelha foi
parcialmente removida também. Trecho do
exame necroscópico: "remoção com talha em
bisel de pavilhão auricular com sinais de
esvaziamento em partes moles. Remoção
parcial de pavilhão auricular esquerdo com
sinais de reação vital. Enucleação de globos
oculares direito e esquerdo e com sinais de
sangue nas cavidades orbitais".
Na foto acima temos uma ampliação da
fotografia da face do cadáver.
Detalhe
mostrando uma incisão na virilha esquerda do
cadáver. Esta incisão é idêntica às
encontradas nos outros casos de mutilação de
animais.


Na foto 1, à esquerda,
temos uma
ampliação da incisão na axila direita do
cadáver. Ela é semelhante a outras incisões
encontradas em cadáveres de animais mortos
por ET`s. Sobre estas incisões o laudo de
necropsia afirma que nas regiões axilares
direita e esquerda apresentavam-se
perfurações circulares com o diâmetro de 4
cm, com margens uniformes, apresentando
reação vital e esvaziamento de partes moles.
O laudo afirma ainda que as perfurações
foram realizadas com instrumentos cortantes
e os músculos do peito estavam soltos no
subcutâneo. Encarnación alega ter
entrevistado médicos que afirmam que estas
marcas são incomuns. Nota-se na foto a
presença de pouco sangue escorrido das
perfurações. Se houve reação vital, ele
estava vivo quando tudo ocorreu, sendo que
deveria haver muito sangue presente no
ferimento. Na foto 2, à direita, podemos
notar que o abdômen do cadáver estava vazio,
pois apresentava-se murcho. A ausência de
órgãos foi comprovada através de exame
necroscópico. Aqui existe mais uma série de
coincidências entre este caso e as de
mutilações de animais comprovadas. A
cicatriz umbilical estava ausente, o que é
comum em outros casos de mutilação. No local
do umbigo havia uma incisão circular de 3 cm
visível na próxima imagem.

Na foto acima podemos observar a existência
de uma incisão elíptica de 3x1,5 cm próxima
à virilha. Houve remoção da bolsa escrotal
sendo que o pênis ficou estirado para fora.
Novamente uma grande coincidência em relação
às mutilações de animais. Pode-se verificar
que o abdômen está murcho, indicando a
ausência de órgãos internos. Também é
possível observar que a região do umbigo
onde existe uma incisão está enegrecida
Nesta foto, segundo Encarnación é possível
observar: "Remoção do orifício anal com
ampla incisão de aproximadamente 15x8 cm. E
nos pés, entre o segundo e o terceiro dedos
havia uma perfuração de 2 cm". Exatamente
igual ao registrados em milhares de casos de
mutilação de animais espalhados pelo mundo.
Abaixo uma ampliação da perfuração.
Imagem
Ilustrativa
Na foto acima, observa-se o estado em que
ficou a orelha da vítima. Segundo
Encarnación Zapata, o laudo afirma que: "a
vítima sofreu esvaziamento da região
cervical, do tórax, regiões axilares direita
e esquerda, abdômen pequena bacia, virilha,
etc., com remoção de partes moles, remoção
da musculatura intercostal a nível de 2°,
3°, 4° e 5° espaços intercostais esquerdos.
Na cavidade abdominal e pequena bacia, há a
ausência de órgãos com a remoção de todas as
vísceras abdominais, evidenciando-se
arrancamento dos órgãos com reação vital".
Nesta
foto, observa-se que a mucosa labial foi retirada como em muitos casos
de mutilação realizadas ET`s. O corte não foi tão irregular sendo que
alguns trechos se encontram enegrecidos por algum motivo. Vale ressaltar
que em casos de mutilação animal já foi encontrado este mesmo tipo de
carbonização. As cavidades oculares estavam vazias, sendo mais uma
coincidência com as mutilações de animais clássicas. Nota-se que a
orelha foi parcialmente removida também. Trecho do exame necroscópico:
"remoção com talha em bisel de pavilhão auricular com sinais de
esvaziamento em partes moles. Remoção parcial de pavilhão auricular
esquerdo com sinais de reação vital. Enucleação de globos oculares
direito e esquerdo e com sinais de sangue nas cavidades orbitais". Na foto acima temos uma ampliação da fotografia da face do cadáver. Detalhe
mostrando uma incisão na virilha esquerda do cadáver. Esta incisão é
idêntica às encontradas nos outros casos de mutilação de animais. Na
foto 1, à esquerda, temos uma ampliação da incisão na axila direita do
cadáver. Ela é semelhante a outras incisões encontradas em cadáveres de
animais mortos por ET`s. Sobre estas incisões o laudo de necropsia
afirma que nas regiões axilares direita e esquerda apresentavam-se
perfurações circulares com o diâmetro de 4 cm, com margens uniformes,
apresentando reação vital e esvaziamento de partes moles. O laudo afirma
ainda que as perfurações foram realizadas com instrumentos cortantes e
os músculos do peito estavam soltos no subcutâneo. Encarnación alega ter
entrevistado médicos que afirmam que estas marcas são incomuns. Nota-se
na foto a presença de pouco sangue escorrido das perfurações. Se houve
reação vital, ele estava vivo quando tudo ocorreu, sendo que deveria
haver muito sangue presente no ferimento. Na foto 2, à direita, podemos
notar que o abdômen do cadáver estava vazio, pois apresentava-se murcho.
A ausência de órgãos foi comprovada através de exame necroscópico. Aqui
existe mais uma série de coincidências entre este caso e as de
mutilações de animais comprovadas. A cicatriz umbilical estava ausente, o
que é comum em outros casos de mutilação. No local do umbigo havia uma
incisão circular de 3 cm visível na próxima imagem. Na foto acima
podemos observar a existência de uma incisão elíptica de 3x1,5 cm
próxima à virilha. Houve remoção da bolsa escrotal sendo que o pênis
ficou estirado para fora. Novamente uma grande coincidência em relação
às mutilações de animais. Pode-se verificar que o abdômen está murcho,
indicando a ausência de órgãos internos. Também é possível observar que a
região do umbigo onde existe uma incisão está enegrecida. Nesta
foto, segundo Encarnación é possível observar: "Remoção do orifício anal
com ampla incisão de aproximadamente 15x8 cm. E nos pés, entre o
segundo e o terceiro dedos havia uma perfuração de 2 cm". Exatamente
igual ao registrados em milhares de casos de mutilação de animais
espalhados pelo mundo. Abaixo uma ampliação da perfuração.
Imagem Ilustrativa
Na
foto acima, observa-se o estado em que ficou a orelha da vítima.
Segundo Encarnación Zapata, o laudo afirma que: "a vítima sofreu
esvaziamento da região cervical, do tórax, regiões axilares direita e
esquerda, abdômen pequena bacia, virilha, etc., com remoção de partes
moles, remoção da musculatura intercostal a nível de 2°, 3°, 4° e 5°
espaços intercostais esquerdos. Na cavidade abdominal e pequena bacia,
há a ausência de órgãos com a remoção de todas as vísceras abdominais,
evidenciando-se arrancamento dos órgãos com reação vital". Ainda
segundo Encarnación uma Equipe denominada "F" teria investigado o caso.
O delegado responsável por esta investigação uma carta ao diretor do
Instituto Médico Legal (IML). Na carta lê-se: "Com referência ao Laudo
n° (omitido), que reporta o exame necroscópico realizado no corpo da
vítima, constata-se, dentro das perquirições médicas, a existência de
hediondo crime. Contudo, aflora a dúvida, acerca da causa do exício,
pois descreve-se a possibilidade de ter ocorrido manobra vagotônica e,
conforme consigna-se no referido Laudo, vísceras foram retiradas foram
retiradas do corpo mediante aspiração. Assim, faz-se mister parecer
médico sobre o tipo de morte mencionada e instrumentos utilizados (1)
Pelas lesões observadas, que tipo de instrumento poderia ter sido usado
para causar a morte? Que tipo de instrumento causaria a aspiração
referida? (2) As manchas que circundam os ferimentos caracterizam reação
vital? (3) Poderia ter ocorrido a ação de animais junto ao corpo? (4)
Existe nos registros da Medicina Legal ocorrências semelhantes?" Os
médicos, segundo Encarnación, não puderam explicar as manchas de
coloração escura que circundavam os ferimentos. O Caso
Guarapiranga permaneceu um mistério por vários anos. Os debates sobre o
caso continuaram a ocorrer, o que levou Encarnación a escrever outra
matéria para a Revista UFO, publicada na edição n° 32, de setembro de
1994. Nesta matéria ela não acrescentou nada de novo ao caso. A Revista
UFO publicou ainda outra matéria sobre o caso na edição n° 37, de abril
de 1995, onde Encarnación rebateu algumas críticas sobre o caso
recebidas. Ela cita Antônio Hunneus, que distorceu todo o caso em
um artigo publicado nos Estados Unidos. Também nesta edição,
Encarnación afirma ter estado em uma reunião na casa do ufólogo Claudeir
Covo, cujo objetivo era a reestruturação da Associação Nacional dos
Ufólogos do Brasil (ANUB). Nesta reunião Claudeir apresentou à
Encarnación um delegado que a notificou sobre o Dr. Desgualdo que,
segundo ele, havia realizado estudos sobre este incidente em particular
um ano após o aparecimento do cadáver. Ele afirmava que a matéria
publicada na Revista UFO era puro sensacionalismo e que o Dr. Desgualdo
havia exumado o cadáver e o (re?)colocou no mesmo local da represa
durante três dias, donde foi constatado que animais predadores atacaram o
cadáver. Ele ainda citava fotografias que alegava comprovar o que
dizia. No entanto, o Dr. Desgualdo, na realidade, só tomou conhecimento
do caso três anos depois de ocorrido. Encarnación entrevistou o Dr.
Desgualdo após esta reunião, e o mesmo desmentiu as informações dadas
pelo delegado presente na mesma. O Dr. Desgualdo afirmou que, realmente
ocorrera uma experiência deste tipo, mas que a mesma se tratava de um
cadáver de cachorro e não do infeliz encontrado em 1988. No corpo
do cachorro foram feitas incisões e cortes semelhantes aos que o
cadáver apresentava. Ele foi colocado no mesmo local onde fora
encontrado o moribundo. Em pouco tempo o cadáver do cachorro foi
atacado e devorado. Posteriormente Encarnación entrevistou outro
envolvido com a experiência, o qual reafirmou o que foi dito pelo Dr.
Desgualdo. Ele acrescentou apenas que, em sua opinião, acreditava que o
cadáver realmente tinha sido atacado por predadores e a queimadura
existente teria sido provocado por um raio. Porém, Encarnación cita em
sua matéria que nos autos da polícia não constam declarações sobre
tempestades ou coisas do gênero.
CASO GUARAPIRANGA - REALMENTE VERDADEIRO?
(Versão de CLAUDEIR E PAOLA LUCHERINI)
O
trecho a seguir foi retirado do site do INPU, idealizado por Paola
Lucherinni Covo. Nesta transcrição não foi alterado nem uma vírgula em
relação ao original. Também optei por manter as formatações originais do
site quando do momento da pesquisa. Apenas não apresentaremos as
fotografias constantes no texto. Estas fotos estão disponíveis no site
do INPU (www.inpu.hpg.ig.com.br/index.htm), juntamente com o texto aqui
reproduzido. Aconselhamos que o visitante acesse o site e veja as
fotografias da pesquisa.
CASO GUARAPIRANGA
( CRIANDO CASO )
Por:
Claudeir Covo
Paola Lucherini Covo
Tânia da Cunha
Em
setembro de 1993, a Revista UFO no 25, com chamada de capa, publicou um
artigo de autoria de Encarnación Zapata Garcia, com o título: "Será
Essa a Temida Seqüência das Mutilações de Animais?", envolvendo a
pesquisa sobre o corpo de um homem que foi achado morto, às margens da
Represa Guarapiranga, em 29.09.1988. Um ano depois, a Revista UFO no 32,
setembro/1994, voltava a publicar um novo artigo, de autoria da mesma
pesquisadora, com o título: "Caso Guarapiranga - Continuam as
Discussões".
Esse artigo descreve o corpo de um homem com
muitas mutilações. Estava sem os olhos, sem as orelhas, sem os lábios,
sem o saco escrotal, sem o ânus e sem as vísceras internas. O corpo
apresentava algumas perfurações no ombro direito, no ombro esquerdo, na
coxa esquerda, no abdômen e nos pés. Encarnación, após examinar
atentamente as fotos com uma lupa, conseguiu ter acesso ao Processo e
entrevistou várias pessoas, principalmente o médico legista que fez um
laudo extremamente detalhado.
Depois de um longo tempo de
pesquisa, e após comparar com os casos de mutilações de animais na
Ufologia, ela chegou à conclusão de que aquele homem foi mutilado e
morto por tripulantes de discos voadores. O primeiro e único caso nessas
circunstâncias.
Em pouco tempo esse caso já estava em muitos
"sites" da Internet. Quando apareceu a onda do "chupa-cabras", novamente
o caso voltou à baila, agora como sendo um ataque desse "terrível"
predador, que do ponto de vista do INFA e do INPU, são só ataques dos
nossos animais predadores, muito bem conhecidos, tais como cachorros
domésticos, cachorros do mato, jaguatirica, onça suçuarana, etc.. .
Assim, como ataque de tripulantes de discos voadores ou como ataque de
chupa-cabras, o Caso Guarapiranga também foi publicado no jornal
Notícias Populares (27.04.97), na revista Extra (agosto/97) e na Revista
JÁ, encarte do jornal Diário Popular (20.07.97).
Outras
estranhas ocorrências também foram levadas para a casuística ufológica,
sem uma pesquisa mais aprofundada. Um dos casos envolveu o agricultor
Olívio Correia, de Estância Velha, no Rio Grande do Sul, em julho/1995.
Esse agricultor tinha problemas mentais. Antes de retornar para casa,
Olívio passou várias horas bebendo cachaça. Completamente "mamado" ele
foi para casa e deve ter desmaiado no meio da mata. Talvez tenha entrado
em coma alcoólica. Quando acordou, estava sem os dois globos oculares. A
própria Polícia verificou a hipótese de ataques por urubus. Depois
verificou a hipótese de ter ocorrido roubo de órgãos. A polêmica ficou
maior ainda quando o Instituto Médico Legal de Porto Alegre concluiu o
laudo, informando que os olhos foram retirados cirurgicamente. Também
foi cogitada a possibilidade de magia negra. Posteriormente, o Dr. Marco
Aurélio Becker, presidente do Conselho Regional de Medicina, afirmou
que não foi utilizada uma técnica médica. Assim, algumas pessoas
acabaram publicando que ETs haviam roubado os globos oculares do Olívio.
Um ano depois, o Inquérito Policial concluiu que os olhos do agricultor
realmente haviam sido arrancados por predadores naturais.
Um
outro caso que também foi parar no meio ufológico, sem uma pesquisa mais
detalhada, como sendo um ataque de tripulantes de discos voadores,
envolveu a vítima Alzira Maria de Jesus, que em 24.06.1999, na cidade de
Santa Izabel, relativamente próxima de São Paulo, foi encontrada morta
na cama, sem o rosto. Algumas autoridades disseram que a pele, a carne, o
nariz, a língua, os olhos e a orelha esquerda tinham sido retirados com
precisão cirúrgica. Os dois médicos legistas do Instituto Médico Legal,
que assinaram o Laudo no 473/99, afirmaram que a senhora morreu de
pneumonia bilateral e um choque séptico e que sua face foi roída por
roedores.
Sempre que ocorre um apagão (black out), como o
recente em 21.01.2002, sempre recebemos dezenas de telefonemas
perguntando se pode ser interferência de algum disco voador. Não temos
dúvidas que o fenômeno ufológico é real e compete também aos cientistas
pesquisarem os fatos. Agora, achar que tudo que acontece é culpa dos
tripulantes de discos voadores é um enorme exagero. Em outras palavras,
têm pessoas que vêem disco voador em tudo e a realidade não é bem assim.
Todo os seres humanos têm as suas limitações, mas dentro dessas
limitações, é muito importante pesquisar um caso profundamente, sem se
envolver emocionalmente. Muitos casos ufológicos do passado, hoje,
sabemos que foram mal pesquisados, ou que o pesquisador "forçou a barra"
ou ainda deram um "jeitinho" de transformar em casos ufológicos
autênticos. Muitos pesquisadores dos Estados Unidos já declararam que
diversos casos de abduções de lá, nunca ocorreram e sim que o hipnólogo
induziu a testemunha de que ela foi abduzida. É lamentável, mas é
verdade.
No Caso Guarapiranga em específico, a Imprensa divulgou
muitas coisas distorcidas. Devido às essas distorções, bem como os
casos resumidos acima, resolvemos reabrir este caso para tirarmos
algumas dúvidas. Cansaram de publicar que o processo ficou escondido por
muito tempo do público. Cansaram de publicar que as fotografias eram
secretas. E muitas outras distorções. Não aconteceu absolutamente nada
disso. O Processo é público e correu como tantos outros nos trâmites da
Lei. Como envolveu uma pessoa desconhecida, a Imprensa não deu
importância. É a mesma coisa com os recentes seqüestros relâmpagos.
Foram centenas nos dois últimos anos, mas a Imprensa só deu destaque
para aqueles que envolveram pessoas famosas.
Logo que o artigo
foi publicado na Revista UFO, em setembro/1993, tomamos conhecimento que
a 25a Delegacia de Polícia (DP) tinha concluído que o corpo de tal
pessoa havia sido mutilado por urubus e ratos. Ficou a dúvida.
Tripulantes de discos voadores? Ritual satânico? Auto mutilação
(insano)? Ratos e urubus? Só uma investigação mais detalhada poderia dar
as respostas corretas.
Devido ter passado muitos anos, foi muito
difícil localizar as pessoas envolvidas e os documentos que envolveram o
Processo, e que foram publicados, foram totalmente "censurados". Se o
Processo é público, porque os documentos foram censurados? Foram
censurados o endereço, os números do Boletim de Ocorrência (BO) e dos
Laudos, o nome correto da Represa (Billings), os nomes dos Delegados de
Polícia, dos Peritos Criminais, etc...
Na realidade, a
primeira surpresa surgiu em 15.10.1997, no Programa do Ratinho, quando o
pesquisador e jornalista Saulo Gomes, que também investigou o Caso
Guarapiranga, anunciava em primeira mão, para todo o Brasil, que o caso
ocorreu na Represa Billings e não na Represa Guarapiranga.
Porque
não houve pesquisa exatamente no local onde foi encontrado o cadáver?
Quem encontrou o corpo e em que circunstâncias? O que as testemunhas, a
Polícia e os Bombeiros encontraram no local?
Assim, iniciamos
a nossa pesquisa. A vítima, o Sr. Joaquim Sebastião Gonçalves, era
chagástico (Mal de Chagas) e epilético. Tomava Gardenal, um remédio
muito forte. Lamentavelmente, bebia muito. Quando morreu, tinha 53 anos
de idade. Ele não morava próximo do local onde foi encontrado morto, mas
sempre ia lá pescar. Estava desaparecido há três dias. Quando chegou no
local, no Jardim Recanto do Sol, no Bairro Bororó (ou Bororé), região
do Grajaú, São Paulo, SP, em um dos braços da Represa Billings, o
Joaquim tirou a roupa, ficando só de cueca. Colocou a roupa em uma
maleta e escondeu no meio da mata. Atravessou um braço da Represa
Billings, uns 80 metros, e foi pescar do outro lado. Contornando o braço
da represa, é possível chegar ao outro lado por terra. Com a mistura do
remédio com álcool, ele deve ter desmaiado no meio da mata.
Provavelmente teve um mal súbito. Sem ninguém para socorrer, o corpo lá
ficou à mercê dos ratos e dos urubus, em um período aproximado de 24
horas. Como ele ficou "apagado", sem apresentar reações,
conseqüentemente, ele foi atacado vivo e devorado parcialmente pelos
animais predadores.
Durante o dia, um garoto que estava
caminhando na mata, caçando passarinhos com um estilingue, deu de cara
com o corpo coberto de urubus. Saiu de lá rapidamente, contornou o braço
da represa e avisou os moradores que tinha um homem morto do outro
lado, sendo devorado pelos urubus. Um dos moradores ligou para a Polícia
e a 25a DP, de Santo Amaro, compareceu no local, requisitando o Corpo
de Bombeiros. Sob o comando do bombeiro Sargento Guedes, os bombeiros
Sargento Elifas e o Sargento Urban chegaram no local e atravessaram o
braço da represa com o auxílio de um barco. Como haviam vários curiosos,
o Sr. Antônio Gomes Filho, morador no local e que vive de aluguel de
barcos para pescadores, emprestou um barco para aquelas pessoas. Com uma
lona e dois caibros, os bombeiros trouxeram o corpo de Joaquim para o
lado de cá, onde a Polícia fez diversas fotos. A Dna. Ana Joaquim
Bevilaqua Rosa, também moradora do local, acompanhou tudo de perto. Seu
irmão, o Sr. Alcides Bevilaqua Joaquim, também acompanhou tudo, mas de
longe.
Essa ocorrência foi registrada no BO no 2.429/88, pelo
Delegado de Polícia Dr. Oswaldo Borges Profeta. O Inquérito Policial
(IP) recebeu o no 381/88. À pedido do 25o DP, o Instituto de
Criminalística (IC) foi acionado. O Dr. Édson de Carvalho R. Viegas,
Delegado de Polícia Titular do IC, designou o Perito Criminal Dr.
Arlindo de Camargo, o qual compareceu no local e emitiu o Laudo no
01.072/88. Esse Laudo apenas descreve o local e resumidamente os
ferimentos no corpo de Joaquim, mencionando que a "causa-mortis" seria
definida pelo Instituto Médico Legal do Estado (IML). Nesse Laudo foram
anexadas sete fotos do corpo da vítima.
O Laudo de Exame de
Corpo de Delito (Exame Necroscópico), de no 645/88, assinados pelos
médicos legistas Dr. Jorge Pereira de Oliveira e Dr. Cláudio Roberto
Zabeu, onde concluiu que a "causa-mortis" foi hemorragia aguda e
múltiplos traumatismos. Descreve também que há componentes de
"causa-mortis" por estímulo vagal (nervo vago ou nervo pneumogástrico).
Descreve também que foi usado um instrumento cortante. Esclarece que a
vítima apresenta lesões com características de reação vital, ou seja, há
componente tortura. É sugestiva de "modus-operandi" a incisão em partes
moles e em orifícios naturais mediante aspiração. Tal quadro deve ser
manifestação comportamental de insano ou outra hipótese: ritual macabro.
No final, os médicos legistas responderam quatro perguntas:
01 - Houve morte?
R.: - Sim.
02 - Qual a causa?
R.: - politraumatismos e inibição vagal.
03 - Qual a natureza do agente, instrumento ou meio que a produziu?
R.: - Agente mecânico.
04 - Foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, asfixia ou tortura, ou por outro meio insidioso ou cruel?
R.: - Sim, quanto ao meio empregado.
O Laudo no 10.456/88, do Exame Químico Toxicológico, analisou vinte mililitros de sangue e teve o resultado negativo.
Dr.
Marco Antônio Desgualdo, da Equipe "F" da Delegacia de Homicídio e
Proteção à Pessoa (DHPP), após receber o Laudo no 645/88, do IML,
redigiu um documento ao IML, para esclarecer algumas dúvidas, no que diz
respeito ao instrumento utilizado, manchas e reações vitais, e se
existiam casos semelhantes. Foram feitas quatro perguntas. Na terceira,
foi perguntado se poderia ter ocorrido a ação de animais junto ao corpo?
A resposta nunca foi publicada. Assim, o Dr. Desgualdo novamente pediu
ao IC um laudo complementar. O Dr. Edson de Carvalho Ribeiro Viegas
designou o Perito Criminal Dr. Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo, o
qual fez um levantamento detalhado do local onde foi encontrada a
vítima. Foi junto com o Dr. Del-Campo o Sargento Guedes, do Corpo de
Bombeiros, que comandou a equipe que retirou o corpo do local.
Em
seu Laudo, o Dr. Del-Campo é taxativo quando narra o depoimento do
Sargento Guedes. "Disse que, ao chegar para resgatar o corpo, este
estava desnudo, apenas trajando cuecas de malha, e que, sobre o corpo,
havia cerca de vinte urubus, aves reconhecidamente necrófagas". Aqui é
muito importante ressaltar que os urubus estavam sobre o corpo, ou seja,
em contato físico. Os urubus espetam as unhas na carne do corpo e vão
comendo as partes moles. O Dr. Del-Campo requisitou o corpo de um
cachorro à Prefeitura e levou para o local. Durante três dias acompanhou
o que estava acontecendo. Os urubus e os ratos atacaram. Em apenas dois
dias não mais havia nada. Até os ossos desapareceram. Uma das fotos do
corpo desse cachorro fez parte do Processo.
O bombeiro e Sargento
Guedes (Milton de Souza Guedes) também nos recebeu gentilmente em sua
casa. Nos confirmou que quando chegou no local, havia uma grande
quantidade de urubus comendo o corpo da vítima. Disse que isso acontece
com freqüência. Disse que uns dez dias depois, ele atendeu uma
ocorrência exatamente igual, agora sim na Represa Guarapiranga. Disse
que narrou com detalhes ao Dr. Del-Campo o que ele viu no local quando
lá chegou com a equipe. Pelos diversos buracos no corpo, a vítima perdeu
muito sangue. Tentamos localizar o bombeiro Sargento Urban, que também
fez parte da equipe que retirou o corpo do local. Infelizmente, devido a
uma doença, ele veio a falecer há uns três anos.
O bombeiro e
Sargento Elifas (Elifas Morais Alves), atualmente Segundo Tenente,
declarou que realmente o corpo da vítima foi atacado por urubus. Também
ficou surpreso e indignado quando contamos que tal caso foi divulgado
como ataque de tripulantes de discos voadores. Disse que naquela época
era comum a desova de cadáveres na beira das represas Billings e
Guarapiranga. Disse que era rotina por parte do Cabo Bruno (Florisvaldo
de Oliveira) fazer isso. Investigando as publicações do passado,
verificamos que haviam muitos outros justiceiros, além do Cabo Bruno.
Entre 1970 e 1998, foram mais de mil cadáveres nessas condições só na
Grande São Paulo, sendo que uma boa parte na beira das represas já
citadas.
Isso explica claramente a resposta dada pelo IML, quando
o Delegado de Polícia da 25a DP, o Dr. Marco Antônio Desgualdo enviou
um documento perguntando se: "Existem nos registros da Medicina Legal
ocorrências semelhantes?". A resposta foi: "Sim, existem vários casos
semelhantes". Quando este caso foi divulgado, em 1993, essa resposta foi
publicada com ênfase, dando a entender que existem muitos casos de
humanos mutilados por tripulantes de discos voadores, o que não é
verdade.
Quando o jornal Notícias Populares (NP), que publicou este
caso, em 27.04.1997, o jornalista responsável pela matéria foi até a
UNICAMP (Universidade de Campinas) e mostrou as sete fotos ao Dr.
Fortunato Badan Palhares. Com o título "FOTOGRAFIAS SÃO SECRETAS", a
matéria saiu assim: "As fotografias do Caso Guarapiranga, sete no total,
estão escondidas em arquivos secretos da polícia de São Paulo. O NP
teve acesso às fotos e aos documentos do caso através de pessoas não
ligadas ao IML nem ao Instituto de Criminalística. Após recusa de chefes
do IML em falar sobre o assunto, o NP pediu uma análise do caso ao
médico legista Fortunato Badan Palhares. Para ele, trata-se de animais
predadores, como roedores, formigas, siris, caranguejos e urubus.
''Todas as lesões ou ferimentos encontrados na superfície corporal são
compatíveis com lesões produzidas por pequenos roedores'', escreveu
Badan Palhares. Segundo ele, até os sinais de reações vitais no corpo
(vítima estava viva quando foi mutilada) podem ser explicados: ele pode
ter tido um infarto e caído em agonia por horas, sem se mexer. Os bichos
começariam a atacá-lo ainda vivo".
Na Revista UFO no 25, a
pesquisadora Encarnación afirma: "Tudo indica que os urubus mencionados
pelo delegado de plantão apenas sobrevoaram o corpo sem atacá-lo".
Afirma ainda: "Por outro lado, se o homem tivesse sido vítima de
assassinato comum, seus restos com certeza estariam destroçados pela
ação de urubus e outros carniceiros, que neste caso, permaneceram à
distância". Em todos os Laudos que examinamos, não existe nenhum
componente que possa se afirmar algo desse tipo, muito pelo contrário.
A
conclusão do Dr. Del-Campo é que realmente esse homem foi vítima de
ataques de predadores. Existe uma diferença muito grande em afirmar que
os urubus estavam lá em cima, no céu, à distância, sobrevoando o
cadáver, em relação em afirmar que os urubus estavam grudados no corpo
da vítima, comendo as partes moles. As testemunhas viram isso.
Quando
estávamos fechando este relatório, nós ligamos para a pesquisadora
Encarnación Zapata Garcia. Tínhamos preparado algumas perguntas para ela
responder. Iríamos mostrar a ela detalhes do exposto acima. Ela
disse que não iria mais falar sobre esse assunto e desligou o telefone.
Existe
uma quantidade muito grande de animais necrófagos na natureza.
Pesquisando sobre esse assunto, verificamos que tais animais têm atração
pelo cheiro dos órgãos sexuais. Os animais pequenos, tais como os
roedores, entram pelos orifícios naturais do corpo, o ânus, a boca, por
exemplo, e comem os órgãos internos. Já os urubus, com o auxílio do
bico, bicam seguidamente em uma parte mole, a barriga, por exemplo. Após
perfurar, eles entram com a cabeça e vão comendo tudo por dentro.
Tempos atrás, a TV Cultura apresentou um documentário sobre roedores.
Tinha um pequeno roedor, o Microsorex Hoyi, com o nome popular de
Musuranho ou Mussurano ou ainda Musaranho, que girando a cabeça como se
fosse uma broca, com os dentes incisivos, vão cortando sempre na mesma
linha, fazendo um buraco totalmente circular e assim tem acesso às
vísceras. Existem tipos de roedores nos desertos que mantém a cabeça
fixa e giram o corpo também como uma broca, fazendo um furo totalmente
circular. Se um cadáver que foi atacado por predadores estiver no estado
de lise, ou seja, bem conservado, é possível identificar que tipo de
animal o atacou. Os roedores têm um par de incisivos grandes nas
mandíbulas superiores e inferiores, que cortam como faca.
O
médico legista disse que a vítima teria morrido há aproximadamente 24
horas. Os Laudos descrevem que o cadáver já estava iniciando a
decomposição. Não sabemos se isso possa ter interferido nas conclusões
dos dois médicos legistas que assinaram o Laudo. Mas, pelo exposto
acima, o INFA e o INPU não tem dúvidas que o Sr. Joaquim Sebastião
Gonçalves foi morto por animais necrófagos.
As mutilações de
animais por tripulantes de discos voadores são fatos reais na Ufologia
Mundial, mas com certeza, muitos casos de ataques de animais necrófagos
foram confundidos como sendo ataque por parte de tripulantes de discos
voadores. Assim, para cada caso novo que surgir, temos que analisar
detalhadamente, para poder separar o joio do trigo.
Nesta pesquisa,
é fundamental o agradecimento ao Primeiro Tenente Humberto César Leão,
do Corpo de Bombeiros, que não mediu esforços para nos ajudar a
localizar os bombeiros que fizeram parte da equipe que retiraram o corpo
do local.
Assim, é fundamental também saber que a
Ufologia se baseia em fatos, no plural e não em fato, no singular. Se
fosse verdade que tripulantes de discos voadores mutilam seres humanos,
com certeza teríamos milhares de casos, em todos os países, e isso não
acontece.
Houveram casos onde aconteceu morte ou cura. Nos casos
de mortes, sempre aconteceu antes algum tipo de reação por parte dos
seres humanos, por exemplo, o Caso Crixás - GO, em 13.08.67. Inácio
disparou um tiro na testa de uma estranha criatura e em seguida recebeu
um "tiro" de luz verde, de dentro de um disco voador, que o atingiu no
ombro e caiu desfalecido. Morreu em 11.10.67 com leucemia.Assim, fica aqui este caso, bem como os outros dois citados no início,
como exemplos para os jovens ufólogos que estão iniciando agora, para
não cometerem os mesmos erros cometidos por terceiros no passado.
Claudeir Covo é presidente do INFA e co-editor da Revista UFO
Paola Lucherini Covo é diretora do INPU e do INFA
Tânia da Cunha é diretora do INPU
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CASO GUARAPIRANGA - SEPARANDO O JOIO DO TRIGO
Logo
que iniciei minhas pesquisas em Ufologia, no ano de 1995, tomei
conhecimento do Caso Guarapiranga. Por ser iniciante na área, e por ter
apenas 17 anos foi um choque (para mim, pelo menos) pensar que
alienígenas mutilavam animais e seres humanos. Com o passar dos anos fui
adquirindo um interesse especial nesta área de ataques e mutilações
realizados pelos tripulantes de OVNI`s . Desde o início de minha
carreira como ufólogo soube que Claudeir sempre foi um grande crítico do
caso. Qual não foi minha surpresa, tomando conhecimento da pesquisa
atual de de Claudeir e Paola sobre o caso, anos depois de o mesmo ter
transcorrido. Analisando os fatos, prós e contras para tentar descobrir o
que está mais próximo da realidade, cheguei á conclusão de que, sem
dúvida a pesquisa de ambos, Claudeir e Encarnación, são dignas de
elogios, mas não esclarecem muitos pontos, e que estão cheias de
controvérsias. Iniciamos nossas considerações demonstrando como o
caso foi reapresentado, recentemente à mídia nacional. Acho que tem
sido um tanto arrogante a forma como ele têm sido abordado. Pode-se
observar a ironia atribuída já no título do site INPU sobre o Caso
Guarapiranga, quando se acrescentam as palavras ("Criando Caso"). Dessa
forma, agem como se não soubessem da premissa científica de que sempre
há a possibilidade de erro em uma pesquisa, inclusive na deles, a
despeito de qualquer rigor científico. Portanto, "Caso Guarapiranga - A
Verdade" ou, "Caso Guarapiranga - Esclarecido o Caso.... ele foi morto
por roedores" beira, no mínimo a arrogância da verdade absolutista. Analisando
a pesquisa de Claudeir e Paola Covo, também encontram-se algumas
afirmações questionáveis. Eles afirmam, por exemplo, que não existem
registros de casos de mutilação humana registrados pelo mundo. Na
verdade, há sim. Existem documentos do governo americano relativos a um
caso envolvendo um sargento do exército americano que em 1958, teria
sido seqüestrado por um OVNI diante de várias testemunhas. Dias depois,
ele foi encontrado com mutilações em todo o corpo semelhantes às
mutilações encontradas neste caso de São Paulo. Outra ocorrência
documentada pelo exército americano é o de um grupo de soldados em
missão de combate durante a Guerra da Coréia. Estes soldados avançavam
por território inimigo quando depararam-se com seres estranhos retirando
partes de corpos humanos. Podemos citar ainda outro caso de mutilação
humana que publicaremos neste site, em futuro breve. Neste caso a ser
publicado o cadáver apresentava mutilações no lado esquerdo do corpo,
semelhantes ao caso em questão. No Brasil existem vários casos
de mutilação que levantaram polêmica. Alguns casos também são citados
pela pesquisa de Claudeir e Paola como obra de ratos e urubus. O caso de
Alzira Maria de Jesus, ocorrido 24de junho de 1999, na cidade de Santa
Izabel, é um deles. Neste caso, esta senhora teria sido encontrada morta
sobre a cama. Faltavam-lhe toda a pele e a carne do rosto, sendo que os
ossos estavam misteriosa e cirurgicamente limpos. Não havia sangue na
cama e nas cobertas. O nariz, a língua, os olhos e a orelha esquerda
estavam ausentes. Segundo depoimentos de parentes, pouco tempo antes ela
estava viva. Claudeir afirma categoricamente que esta senhora teve o
rosto roído por ratos. Francamente... apesar de ele estar endossado pelo
laudo necropsial assinado por um médico legista, isto não significa,
necessariamente, que esse tenha sido a realidade. Nenhum médico em sã
consciência assinará um laudo, acrescentando nele resultados bizarros
demais ou desconhecidos, pois teme, com razão, arriscar seu diploma,
sobrevivência e reputação no "establisment" médico e diante da opinião
popular. Nesse caso, a mídia sensacionalista levaria o referido doutor a
ser seu prato principal em rede nacional, no horário nobre dos
telejornais brasileiros. Cabe aqui, ao pesquisador meticuloso, levar em
consideração a obviedade das condições sociais e profissionais dos
peritos envolvidos, descobrir os meandros que levam um profissional a
omitir fatos relevantes que, possivelmente, mudariam o resultado final,
caso isso tenha ocorrido, como parece ser esse o nosso caso aqui. Outro
caso muito noticiado pela mídia, é o do agricultor Olívio Correa, de
Estância Velha (RS), o qual ocorreu entre os dias 11 e 12 de novembro de
1995. Este senhor teve seus olhos extraídos de modo muito estranho e,
até hoje, não esclarecido devidamente. Ele foi encontrado com vida em um
matagal, e os exames médicos realizados na época, confirmaram que os
olhos haviam sido retirados cirurgicamente. Algum tempo depois, o
presidente do Conselho Regional de Medicina local desmentiu os exames
médicos – (Por que será? Qual o motivo?). Olívio ainda foi submetido a
seções de hipnose regressiva, onde afirmava ter visto uma luz muito
forte. A hipnose, no entanto, não conseguiu avançar além deste ponto. Além
deste caso, também existem outros casos de mutilações e ataques a
humanos ocorridos de forma estranha, como, por exemplo, em Joinville
(SC). E podemos citar, ainda, não só mutilações propriamente ditas, mas
também a existência de muitas vítimas do fenômeno Chupa-Chupa, no Pará,
cujas investigações oficiais, na Ufologia, ficaram conhecidas como
Operação Prato, em que objetos luminosos foram constatados como
extraindo sangue das vítimas através de feixes luminosos. Oficiais da
Aeronáutica estariam envolvidos na Operação, e, portanto legitima a
ocorrência destes ataques. Citamos ainda, casos de ataque proposital,
como os registrados no Nordeste. Os casos são inúmeros, o que não existe
é uma divulgação adequada sobre estes eventos para a maioria da
população. Outra informação que consideramos pertinente é a
afirmação de que a vítima do caso Guarapiranga, identificada como
Joaquim Sebastião Gonçalves, sofria de epilepsia e Mal de Chagas. Como
conseguiram estes dados? Eles ainda afirmam que Sebastião tomava o
remédio Gardenal e bebia muito. Como descobriram tais evidências?
Supondo que esta informação seja correta, seria uma enorme coincidência a
mistura de Gardenal e bebida alcoólica ter reagido justamente ali,
naquele momento. Isso se levarmos em conta que se a vítima era
alcoólatra e bebia muito ela já devia ter misturado o remédio e a bebida
antes. Quanto às mutilações, segundo as críticas, elas teriam
sido produzidas por animais carniceiros (ratos, urubus e insetos).
Sinceramente, não podemos concordar com tais afirmações, pois é possível
observar-se que, claramente, as marcas não apresentam características
de mordidas de qualquer espécie conhecida não tinham perfurações de
patas – no caso urubus, e nem pedaços dilacerados. Quem acompanha
páginas policiais dos jornais, encontra muitos casos em que o cadáver
fica exposto vários dias à ação de predadores e eventos naturais. Os
casos desta natureza, que encontramos em jornais da região metropolitana
de Curitiba, demonstram sinais bem diferentes dos encontrados no caso
em questão. Em sua maioria, encontramos nos jornais que foram roídas
extremidades do corpo. A pele que recobre a mandíbula ainda
encontrava-se intacta, também, em todos os casos. Parece que o
casal Covo foi contagiado pela "Síndrome do Cético" – se existe a mínima
possibilidade de não ser um OVNI, então não é, e ponto final. Como como
se a verdade absoluta dependesse de seu veredicto. Outro fato que não
ficou claro, foi a carbonização existente no maxilar do cadáver. A
versão de Covo é a de que um raio teria caído no local onde o cadáver
foi encontrado. Se foi realmente um raio, por que só o maxilar estaria
queimado? Além disso, como explicar a simetria das marcas nas axilas e
nos pés, onde foi encontrada incisão do mesmo tamanho entre o segundo e
terceiro dedos de ambos os pés? Seria uma grande coincidência de
inúmeros fatores se todos as evidências apresentadas pelo casal
ocorressem ao mesmo tempo. Estatisticamente, a chance é muito, muito
pequena. Claudeir ainda insiste na conveniente história do cachorro que
usaram para fazer a experiência (????). Notem que ele não cita a data da
experiência – Por que motivo?. Por outro lado, as testemunhas
apresentadas por Claudeir devem ser ouvidas com atenção. O dados do
verdadeiro local da ocorrência e os detalhes do laudo são de extrema
importância. Igualmente é questionável a posição de Encarnación diante
disto tudo. Por que ela não se manifestou a respeito do caso? Qual a
verdadeira razão de censurar o laudo e ocultar outros fatos (o nome da
testemunha, a manipulação inegável de alguns dados)? A verdade,
pura e simples precisa vir à tona. Este texto não tem por objetivo
defender o caso, mas sim, mostrar que as evidências e os fatos reais,
bem como a apuração imparcial em torno de um evento, seja ele qual for,
valem muito mais para a pesquisa científica do que a opinião
preconcebida de ditos especialistas no assunto.
- Sites
Fonte: http://www.fenomenum.com.br/ufo/casos/1980/guarapiranga.htm