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Implantação
dos painéis das sondas STEREO. Crédito: Johns Hopkins, University
Applied Physics Laboratory. Crédito: Dr. C. J. Eyles, University de
Birmingham |
Como a Lua se formou? A principal hipótese “Giant Impact Theory” propõe
que no início da formação do Sistema Solar, um protoplaneta com a
dimensão de Marte impactou com a Terra. Os restos da colisão, uma
mistura do material de ambos os corpos, foram arremessados para fora da
órbita da Terra e se aglutinaram dando origem a Lua. Em breve esta
teoria poderá ser testada, resolvendo talvez a questão de como a Lua se
formou. Duas sondas gêmeas, da NASA, estão prestes a entrar em regiões
do espaço conhecidos como Pontos de Lagrange onde os restos deste misterioso protoplaneta podem estar escondidos. As sondas denominadas Solar Terrestrial Relations Observatory, ou simplesmente STEREO,
passarão pelos pontos L4 e L5 onde a gravidade do Sol e da Terra se une
formando vazios gravitacionais onde asteróides e poeira espacial tendem
a recolher-se.
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Os cincos pontos de Lagrange para o Sistema Terra x Sol |
Durante a jornada, as duas sondas
poderão usar largos campos de visão telescópica para procurar por
asteróides orbitando por essas regiões. Os cientistas serão capazes de
identificar se um ponto de luz é um asteróide se ele mudar sua posição
em relação às estrelas ao fundo, uma vez que este se move em sua órbita. A Giant Impact Theory explica muitos
aspectos da geologia lunar, inclusive o tamanho do núcleo da Lua e a
composição isotópica das rochas lunares. Uma modificação da Giant Impact
Theory e a “Theia hypothesis”, uma idéia dos teóricos da universidade
de Princeton, Edward Belbruno e Richard Gott. “Cerca de 4,5 bilhões de anos atrás,
quando os planetas ainda estavam em crescimento, um hipotético mundo
chamado Theia pode ter sido expulso de L4 ou L5 pela gravidade crescente
de outros planetas em desenvolvimento como Vênus, enviando Theia numa
rota de colisão com a Terra. O impacto resultante expulsou as camadas
externas de Theia e da Terra colocando-as em órbita, e assim essas
camadas se aglutinaram sob a própria gravidade para formar a Lua.” –
disse Michael Kaiser, cientista do projeto STEREO no
Goddard Space Flight Center.
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Onde estão as sondas STEREO A e B hoje? Veja no gráfico acima. Crédito: NASA/SSC |
Ainda no século 18, o matemático Joseph
Louis Lagrange percebeu que havia cinco desses vazios gravitacionais no
Sistema Solar. As sondas estão se aproximando de L4 e L5.“Estes pontos podem conter pequenos
asteróides, que poderiam ser os restos de um planeta com a dimensão de
Marte que teria se formado há bilhões de anos atrás” – disse Kaiser.
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Animação mostra a colisão de Theia com a Terra (Big Splash) |
A teoria explica enigmáticas
propriedades da Lua, como o pequeno núcleo de ferro. O impacto colossal
entre a Terra e Theia, teria permitido que os elementos mais pesados
como ferro, descer para o centro para formando o núcleo. O impacto teria
lançado fora as camadas externas dos dois mundos, contendo
principalmente silício. O interessante é que a Lua é formada
principalmente deste material. Vale lembrar que
a principal missão das sondas STEREO é fornecer dados sobre o clima espacial, observando o Sol desses dois pontos. As imagens e outros dados são combinados para estudo e análise.
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Mapa atual do Sol gerado pelas sondas STEREO |
O clima espacial produz perturbações nos
campos eletromagnéticos da Terra, podendo afetar as linhas elétricas
provocando apagões. Também podem afetar sistemas de comunicação e
navegação. O clima espacial tem sido reconhecido como causador de
problemas para novas tecnologias desde a invenção do telégrafo, no
século 19.
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Posições relativas das sondas gêmeas STEREO e das sondas SOHO e ACE. Crédito: NASA/Solar TErrestrial RElations Observatory team. |
Fonte: eternosaprendizes.com
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