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PROPAGAÇÃO

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A MAGIA DA AURORA BOREAL - NOITE POLARES

 Neste episódio de Planeta Extremo, o repórter Clayton Conservani viajou em busca da aurora boreal. Ela só é encontrada em lugares onde a luz do sol quase não aparece e o frio bate os -30ºC. Por isso, é muito raro encontrar alguém que tenha tido o privilégio de ver - com os próprios olhos - esse que é um dos fenômenos mais incríveis da natureza. Não é o caso do repórter Clayton Conservani.

A equipe partiu de Longyearbyen, no arquipélago de Svalbard, extremo norte da Noruega, o ponto da terra permanentemente habitado mais próximo do Pólo Norte, atrás do desafio de encontrar a aurora boreal. Em algumas noites, é possível ver as luzes coloridas dançando na atmosfera. A caçada não fácil. O frio de -30°C é apenas um dos obstáculos. O outro é assustador: 2,5 mil ursos polares, soltos no gelo.

Nessa parte da Noruega, não teremos a luz do dia em nenhum momento. São seis meses de escuridão no inverno. Para chegar perto da aurora boreal, nossa expedição vai usar apenas trenós. Ela pode durar até duas semanas.

O impacto da primeira visão da aurora boreal é grande, mas sabemos que o efeito pode ser mais espetacular. As luzes estão fracas. É preciso buscar regiões onde clima esteja favorável e o céu claro.

A próxima chance está a 850 quilômetros de distância, na cidade de Alta. Dessa vez, teremos um pouco de conforto. Vamos passar a noite em um hotel de gelo que só funciona no inverno. Para construir o hotel, foram usadas 600 toneladas de neve e 300 de gelo.

Depois, prosseguimos sem medo, enfrentando apenas o clima agressivo. Caminhamos por duas horas, mas novamente não conseguimos avistar a aurora boreal. Será que viemos de tão longe para não encontrarmos esse fenômeno? Agora, só temos mais uma chance. O suspense vai durar até a última cidade.

São 310 quilômetros de estradas escorregadias e curvas perigosas até chegar a Tromso. Nessa parte da Noruega, mesmo no inverno, teremos algumas horas de luz depois da escuridão do extremo norte.

Vamos direto para o Observatório de Tromso em busca de dicas para encontrar a aurora boreal. O pesquisador Helge Nylund tenta simplificar e diz que a aurora é um doce sopro vindo do sol. Na verdade, as explosões solares liberam partículas de elétrons, que são atraídas para os pólos da Terra. Quando os elétrons chegam à atmosfera, colidem com átomos de oxigênio e nitrogênio, e o resultado desse choque é a Aurora boreal, a 100 quilômetros de distância da Terra.

O estudioso nos recomenda procurar um caçador de aurora boreal. Seguimos a dica e encontramos Kjetil Skogli, um dos melhores do mundo para capturar a aurora. Kjetil explica que existem diferentes formas na Aurora boreal e diz que vai nos ajudar. Quando os primeiros raios de sol aparecem, já estamos caminhando. Kjetil nos leva por uma trilha íngreme em uma montanha. 


4 Aurora Borealis. Northern Lights. Nordlys. 
Polar Licht. Arctic Europe.

Nosso guia diz que vamos precisar de calma e resistência. A aurora boreal está prestes a surgir quase na fronteira com a Finlândia. São mais cinco horas de viagem, debaixo de uma nevasca. Vamos percorrer 16 quilômetros pelo Vale das Trutas, usando trenó até o ponto ideal para avistarmos as luzes do norte.

Subimos e descemos pelo Vale das Trutas até uma planície onde vamos passar a noite. Chegamos a um lugar perfeito para avistarmos a aurora boreal, bem longe das luzes da cidade. É esperar pela escuridão completa e tentar ver as luzes do norte. Já são 15 dias de viagem pela Noruega. Nosso prazo está esgotado.

De repente, o céu começa a se transformar, as luzes parecem assombrações coloridas vindas de todas as direções. O repórter Clayton Conservani comenta o fenômeno: “É emocionante e ao mesmo tempo assustador. A sensação é de que estamos em um sonho ou tendo algum tipo de alucinação”.

Foram duas horas de magia. Usamos uma câmera especial para captar a aurora boreal, mas o fenômeno é tão complexo que é difícil sincronizar o áudio com a imagem, e entendemos por que a Aurora boreal é considerada o fenômeno mais espetacular do planeta Terra.

Até o experiente Kjetil se comove: “O céu está repleto de aurora boreal. Não importa se você busca isso por 10 ou20 anos. Quando o céu está cheio de luzes do norte, é sempre lindo. Essa noite nós tivemos muita sorte, foi um grande show”.


Fonte: G 1
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